5 de jan. de 2017

Arena Banco Original - Remodelada para a Olimpíada, a Zona Portuária ganha amanhã seu primeiro festival - de 6 de janeiro a 5 de fevereiro

Fotos divulgação/Marcos Hermes
Fonte- JORNAL O GLOBO

RIO - Quem faz a observação é Arlindo Cruz, um dos autores de “O Rio corre pro mar”, samba do Império Serrano de 2001:

— Foi ali que nasceu o Rio de Janeiro, ali chegaram as novidades da cidade.

Remodelada para a Olimpíada, a Zona Portuária ganha amanhã seu primeiro festival de vulto, o Arena Banco Original, plataforma de multientretenimento já testada em julho, em Campos do Jordão, e que agora leva shows, musicais, palestras, rodas de samba, festas e atrações infantis ao Armazém 3. Arlindo é uma das atrações do evento, orçado em R$ 8 milhões e que segue até o dia 5 de fevereiro. Atrás do armazém, uma varanda com vista para a Baía de Guanabara, batizada de Calçadão Original, terá programação gratuita, com DJs, food trucks e artistas de rua. Mais até que arena, o festival é uma passarela no verão escaldante do Rio.

A programação de shows, que aposta em encontros inéditos, começa com Nando Reis e Roberta Campos (amanhã, DIA 06/01 às 23h). No sábado(7), é a vez de Fernanda Abreu receber Fausto Fawcett e Toni Garrido, no mesmo horário.

Já com Fausto (“o imperador de Copacabana”, segundo a cantora), ela apresenta músicas de uma parceria iniciada em 1986, quando Fernanda saiu da Blitz. Entre elas, “Katia Flavia”, “Amor geral” e o grande sucesso “Rio 40 graus”.

HOMENAGEM A CAZUZA

Arlindo Cruz marca presença dupla. No dia 13, ele canta em noite dedicada ao projeto Sambabook (da mesma Musickeria). Foco da edição deste ano, ele divide o palco com Dona Ivone Lara, outra que ganhou seu Sambabook, e com Diogo Nogueira, cujo pai (João Nogueira) também foi homenageado pelo projeto. No dia 26, Arlindo volta para participar da festa Rio de Verdade, ao lado de Rogê e Maria Rita.

Antes deles, a noite do Sambabook é aberta por Thais Macedo, cantora da nova geração, que parte do samba para a MPB em geral, e que lançou em 2015 o EP “Borogodó”.

— Aquela área tem sambas bem tradicionais, como os da Pedra do Sal, do Cais da Imperatriz e do Trapiche Gamboa — ela diz. — Mas, antes da remodelação, eu tinha medo de ir às rodas. Hoje, vou alegre e feliz, sempre que posso. Levo meus amigos e aproveito para turistar.

— O entretenimento e o turismo são saídas óbvias e claras para a cidade — diz o empresário Luiz Calainho, da Musickeria, que idealizou o evento ao lado do Banco Original, principal patrocinador. — E entendo que a Zona Portuária é um lugar-chave e que o carioca está cada vez mais democrático e plural.

Atração do dia 21 ao lado de Maria Gadú, Frejat faz mistério sobre o repertório de seu show, mas conta como ele nasceu:

— O encontro foi sugerido pela produção, e eu topei na hora porque amei o disco ao vivo da Gadú. Eu estava muito bem impressionado por ele quando nos encontramos por acaso na gravação do “Altas horas”, exibido na véspera de Natal. Lá, acertamos o repertório que, é lógico, eu não vou contar porque adoro fazer surpresas.

Parceiro de Frejat no Barão Vermelho, Cazuza (1958-1990) será foco de um tributo, no dia 1º de fevereiro, com direito a apresentação de duas canções inéditas. O show terá Diogo Nogueira, Rogério Flausino, Wilson Sideral, Baby do Brasil, Alcione e Teresa Crisina, sambista que jura ter muito mais a ver com o roqueiro do que se imagina.

— Sou fã do Cazuza desde a adolescência, embora seja uma praia que musicalmente nada tem a ver com a minha. Quando o disco “Ideologia” saiu, eu ouvia em fita no walkman, no ônibus para a faculdade. Sambas como “O mundo é um moinho” (Cartola) e “Luz negra” (Nelson Cavaquinho), eu ouvi pela primeira vez na voz do Cazuza. E, recentemente, fui convidada pela Lucinha Araújo (mãe do cantor) para interpretar suas músicas na inauguração da estátua dele, no Leblon — conta Teresa, que também participa, com Mosquito (seu parceiro em “Ouvi dizer”, gravada por Mart’nália em seu novo disco, “+ Misturado”), de uma roda de samba no dia 15. — O Mosquito é um garoto novo, com cabeça boa de partideiro, capaz de versar, de fazer um samba na hora.

Palestras: Sempre com entrada franca, a programação traz bate-papos com personalidades como o muralista Kobra (dia 14), que assina o imenso painel em frente aos armazéns, e o empresário Facundo Guerra (21).

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Fonte Jornal O Globo


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